Segunda-feira, 30 de Junho, 2025

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Hospital do Bié nega falta de alimentação para doentes internados

A direcção do Hospital do Bié “Walter Strangway” negou hoje, terça-feira, na cidade do Cuito, haver falta de alimentação para os pacientes internados na unidade sanitária, sobretudo os da área de hemodiálise, conforme informações que circulam nas redes sociais nos últimos dias.

Em declarações à ANGOP, o director-geral interino da unidade sanitária, David Abel, afirmou não existir, neste momento, pacientes internos que fazem hemodiálise, por isso considerou ser uma atitude difamatória de pessoas de má-fé, que querem desestabilizar o normal funcionamento do hospital.

Nesta altura, os doentes fazem três sessões durante a semana e de forma alternada, sendo que, por dia, são atendidas 36 pessoas, em função da sua capacidade (12 camas).

Para além do Bié, o hospital, neste momento, está a atender pacientes das províncias de Benguela e do Huambo.

“No geral, não temos dificuldades em alimentação, porquanto a unidade hospitalar recebe apoios financeiros do Ministério da Saúde e do Governo local”, realçou David Abel, sem adiantar valores.

Inaugurado em Outubro de 2020 pelo Presidente da República, João Lourenço, o Hospital Walter Strangway já atendeu, até à presente data, 256 pessoas com problemas renais.

Os doentes que são assistidos, gratuitamente, beneficiam também de medicamentos para a produção de sangue, controlo de hipertensão, diabetes e do cálcio.

A população do Bié com essa enfermidade, antes da entrada em funcionamento do Walter Strangway, era obrigada a se deslocar para as províncias do Huambo, Huíla, Benguela, Luanda ou mesmo fora do país, para ser assistida.

A ANGOP tentou contactar alguns pacientes para aferir a informação das redes sociais mas não teve sucesso. A direcção do hospital alegou que os mesmos estão numa área com alguma radiação, estando o hospital desprovido de equipamento de protecção para os visitantes.

Nos últimos dias circularam informações nas redes sociais que davam conta de familiares de doentes a reclamarem da irregularidade na atribuição das três refeições diárias aos enfermos, alegadamente por falta de dinheiro no hospital.

Localizada no bairro da Caluapanda, a cinco quilómetros a sul da cidade do Cuito (capital da província do Bié), a nova unidade hospitalar, que ocupa uma área de 50 mil metros quadrados, custou 48,6 milhões de Euros, financiados pelo banco francês Société Générale.

O funcionamento do hospital é assegurado por 1.019 profissionais, sendo 96 médicos, 609 enfermeiros, 96 especialistas de diagnóstico e terapêuticos, 141 técnicos de apoio hospitalar e 77 administrativos.

Dentre os profissionais, constam especialistas angolanos e cubanos nas áreas de Nefrologia, Anatonomia Patológica, Gastroenterelogia, Neurologia, Ortopedia/Traumatologia, Psiquiatria, Intensivista/Anestesia e Reabilitação, entre outros.

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