O ministro da Economia e Planeamento, Sérgio dos Santos, disse hoje, em Luanda, ser urgente a criação de um observatório agrícola, para permitir a abordagem das questões mais importantes do sector fora da esfera do Executivo.
O governante prestou esta informação quando fazia a apresentação do livro “Políticas de desenvolvimento agrário, redução de importações, uma estratégia prioritária para Angola, do autor José Carlos Bettencourt, lançado hoje no mercado nacional.
Para Sérgio Santos, a grande lição deste manual, sobretudo nos dois últimos capítulos, é a diversificação da economia, porque enquanto país houve pouco tempo para a tão propalada diversificação, por conta das fases que Angola viveu.
Aqui, acrescentou, deve-se primar pela cultura de bens estratégicos, como o milho, trigo, arroz, mandioca, feijão, soja e o completo, com a produção de carne e o açúcar, tendo em conta que 90% dos rendimentos familiares vai para a compra de alimentos e é bom para quem investir no agro-negócio.
Para que Angola seja auto-suficiente usando o agronegócio, para além das políticas já existentes, o autor propõe e o ministro garante a sua sinergia na concretização da criação de um observatório agrícola, num local fora do Executivo, quiçá numa das universidades para passar a debater as questões mais proeminente do sector da agricultura no país.
O dirigentes fez saber que o livro repartido em cinco capítulos faz nos seus três primeiros uma leitura de Angola com destaque para a geografia, a demografia, o ambiente económico e as potencialidades da agricultura, a pesar de ter ainda uma contribuição no PIB de cinco porcento, mas todos os ano cresce.
Nesta parte do livro há muita matéria de interesse dos académicos, estudantes e de servidores públicos, que servirá de diagnóstico para informação base para muitas acções de política.
Nos dois últimos capítulos está o desvendar de mediadas muito práticas para o aumento da produção e a conquista da auto-suficiência alimentar.
Para o autor do livro, a obra nasce das distorções de números relativos a estatísticas do sector, particularmente ao consumo e as importações, que na sua óptica eram equiparados a países desenvolvidos, tendo em contas algumas fugas numéricas.
“O trabalho de pesquisa com o consumidor deu os números que realmente se consome e com estes dados descobriu-se que a produção interna tinha como tampão a importação por existirem produtos que eram suficientes para o consumo interno”, explicou.
Para si, o observatório será o local de conciliação de dados, para se concentrar o fundamental dentro do sector agrícola, tendo em conta os desafios do país e do continente.