O ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, exortou, nesta cidade, a classe empresarial a aderir ao Pacote de Alívio Económico, de iniciativa governamental, para minimização dos efeitos decorrentes da pandemia da Covid-19 no sector económico.
Segundo o governante, que falava à imprensa, apesar do contexto económico difícil que o país vive, o Executivo tem anunciado com frequência várias medidas económicas e soluções de financiamentos para o empresariado, cabendo a esta classe interagir com as entidades credoras.
Victor Fernandes referiu que os empresários, ao invés de continuarem a reclamar, devem aproveitar as oportunidades criadas pelo Executivo.
O titular da Indústria e Comércio enfatizou que o dinheiro nunca foi suficiente, pelo que a classe empresarial precisa ser rigorosa e eficiente na utilização dos recursos colocados à sua disposição.
Por outro lado, informou que a sua participação, esta semana, numa vídeo-conferência com mais de 500 operadores de diferentes países, serviu também para convidar os potenciais investidores a aproveitarem as oportunidades de investimentos em todo país, sem excepção.
”Conseguimos ser competitivos porque Angola tem, entre outras vantagens, boas leis, estabilidade e rios abundantes, além de clima favorável, sorte que muitos países não têm”, frisou o governante.
Indagado sobre o actual estado da África Têxtil, unidade fabril por si visitada, Victor Fernandes considerou-a como se fosse uma viatura de luxo que aguarda apenas por um condutor para pô-la em funcionamento, gerando-se muitos empregos.
O ministro informou que o complexo têxtil já privatizado, cujo concurso público foi ganho por um concorrente zimbabweano, prevê nos seus termos de referência o fornecimento no terreno de matéria-prima para o seu funcionamento, mormente o algodão, a tinturaria e outros complementos.
Sobre a visita que efectua em Benguela até o próximo sábado, disse tratar-se de um ciclo que vai se estender às demais províncias do país, cujo objectivo é constatar a realidade do parque industrial e sua organização, tendo em conta a necessidade do seu relançamento.
Quanto a isso, acrescentou o governante, o que se pretende é que a indústria transformadora tenha correspondência com a produção agrícola e, ao que se sabe, Benguela tem muita família que se dedica a agricultura, apesar desta produção ter conhecido alguma redução.
Admitiu que, apesar disso, torna-se necessário relançá-la para que tudo aconteça, uma vez que a província tem um corredor logístico que deve ser aproveitado e rentabilizado.
Enquanto isso, o director do Gabinete para o Desenvolvimento Económico Integrado, Samuel Maleze Quinda, deu a conhecer a propósito que, dos 19 operadores económicos que a província havia submetido ao Programa de Alívio Económico, para aligeirar a pressão sobre as respectivas tesourarias, 75 por cento destas já beneficiaram dos reembolsos na proporção de Akz 30 milhões cada, aguardando-se também que sejam contempladas as diferentes cooperativas agrícolas que se candidataram, visando o incremento dos níveis de produção.
Nesta sexta-feira, estão previstas deslocações ao Pólo Industrial da Catumbela (PDIC),à moageira de cereais Fonseca e Irmãos, ao complexo fabril Leonor Carrinho, com 17 unidades produtivas, essencialmente de bens alimentares e um encontro com os operadores industriais e comerciais.
Esta é primeira visita a Benguela de Victor Fernandes, na qualidade de titular do pelouro da Indústria e Comércio.