Angola conta já com 22 organismos de investimento colectivo (OIC), autorizados pela Comissão de Mercados de Capitais (CMC), para movimentar os fundos de investimento no País.
Entre os organismos destacam-se a o Atlântico Liquidez, com um capital social de 20 mil milhões, o BFA Oportunamente III com igual montante, o Atlântico Propaty com 13 mil milhões, a Aliança Global Empreendimentos, com um capital de 42 milhões de kwanzas.
De acordo com a presidente do Conselho de Administração da CMC, Maria Baptista, com estes organismos é possível, actualmente, investir em fundos de investimento colectivo mobiliário e imobiliário no país.
Maria Baptista, que foi oradora no webinar sobre Finanças, promovido nesta segunda-feira, no âmbito da Semana do Investidor, considerou que Angola conta um mercado imobiliário em crescimento, que está a contribuir para a diversificação da economia.
“A palavra-chave para o fundo de investimento é a unidade de participação. Quem recebe um fundo de investimento recebe a sua unidade de participação e com a mesma pode receber os ganhos”, explicou.
Além dos OIC, a CMC tem apenas sob controlo quatro Sociedades Correctoras de Valores Mobiliários (SCVM), que servem de ponte para aconselhar os investidores sobre os investimentos e riscos associados.
Trata-se da África Brokers S.A, Growth, S.A, Lwei Mansamusa Brokers-SCVM, S.A e a Madz Global, S.A.
Referiu que agora o cidadão pode investir as suas poupanças na compra de Títulos de dívida do Estado que são as Obrigações de Tesouro.
Neste caso, explicou, o Estado procura financiar os seus projectos e o cidadão com a sua parcela investe nestes investimentos e por via destes, recebe juros.
“Esta é a primeira forma de investimento em obrigações e é possível fazê-lo hoje, através dos agentes de intermediação, que são os bancos ou as sociedades correctoras”, avançou.
No âmbito da celebração da semana do Investidor, que decorre de 05 a 09 de Outubro, estão agendados webinares sobre inclusão financeira, financiamento colaborativo, o crescimento da indústria da OIC e o futuro das Finanças com as “fintchs” e “criptoativos”.