Uma ponte de betão, com capacidade de suportar até 70 toneladas, começou a ser erguida, terça-feira, sobre o rio Mboka, fronteiriço entre a comuna de Luvaka (Cuimba) e a República Democrática do Congo (RDC).
O acto da consignação da infra-estrutura rodoviária, orçada em 89 milhões, 149 mil e 173 Kwanzas, foi orientado pelo director-geral adjunto para pontes do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Manuel Lituai.
A referida ponte, que comportará sete metros de comprimento e onze de largura, com duas faixas de rodagem de 4,5 metros e uma berma de um metro em cada sentido, ligará o posto fronteiriço do Minga (Angola) à localidade do Kuzi, região do Congo Central (RDC).
Actualmente, a travessia de viaturas e peões para ambos os lados da fronteira é feita de forma precária, devido à destruição da ponte há mais de 50 anos. As obras terão a duração de quatro meses.
A empresa nacional “TEA-S.A” foi encarregue da edificação desta infra-estrutura inserida no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), cuja conclusão facilitará as trocas comerciais entre as populações fronteiriças de ambos os países.
Segundo dados técnicos fornecidos no local, a ponte terá dois metros e 50 cm de altura e contará com quatro células de 2.5 cm de passagem de água, devendo ser revestida com um volume de material de 125 metros cúbicos de betão normal.
Outros 91 metros cúbicos de betão hidráulico e nove toneladas de aço, para uma escavação de mil e 635 metros cúbicos e um aterro de 3.643 metros cúbicos, figuram ainda entre as características técnicas da obra que proporcionou 85 postos de trabalho.
A vice-governadora para o sector técnico e infra-estruturas, Ângela Diogo, que testemunhou o acto de consignação, pediu às autoridades administrativas e população em geral que façam a fiscalização dos trabalhos, para que os mesmos sejam executados dentro das cláusulas contratuais.
Assegurou que, para além da construção da referida ponte, o troço de 12 quilómetros que liga a aldeia do Kinkuvila ao posto fronteiriço terrestre do Minga (Cuimba) beneficiará também de obras de terraplenagem.
Já o director adjunto para as pontes do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Manuel Lituai, que cumpre desde segunda-feira última uma jornada de trabalho de quatro dias ao Zaire, destacou a importância da ponte ora consignada na circulação de pessoas e mercadorias entre Angola e a RDC.
O município do Cuimba, fronteiriço com a RDC, beneficiou de três acções no âmbito do PIIM, sendo duas de subordinação local e uma sob alçada do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território.