Domingo, 29 de Junho, 2025

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Carlos São Vicente detido na cadeia de Viana em prisão preventiva

A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu prender preventivamente na cadeia de Viana, o empresário angolano e genro do primeiro presidente de Angola, Carlos São Vicente.

Segundo noticiou a Rádio Nacional de Angola (RNA), o empresário foi hoje ouvido por 7 horas pela Direção Nacional de Investigação e Ação Penal (DNIAP), órgão da Procuradoria-Geral da República de Angola, antes de ser encaminhado para a cadeia de Viana onde ficará detido preventivamente.

Em causa está o congelamento de uma conta bancária de Carlos São Vicente na Suíça, com cerca de 900 milhões de dólares, o equivalente a 752 milhões de euros, por suspeitas de lavagem de dinheiro, segundo divulgou um blogue suíço que acompanha questões judiciais naquele país, citando um despacho do Ministério Público da Suíça.

As autoridades judiciais ordenaram já a apreensão de vários edifícios do grupo AAA, pertencente ao empresário Carlos São Vicente, que está a ser investigado na Suíça por peculato e branqueamento de capitais.

Segundo um comunicado do Serviço Nacional de Recuperação de Ativos da Procuradoria-Geral da República emitido na altura, foram apreendidos os edifícios AAA, os hotéis IU e IKA, localizados em todo o território nacional e o edifício IRCA, localizado na Rua Amílcar Cabral, em Luanda.

A PGR justificou a apreensão com indícios da prática de crimes de peculato, participação económica em negócio, tráfico de influência e branqueamento de capitais, crimes pelos quais foi constituído arguido.

Depois dos edifícios, o Serviço Nacional de Recuperação de Ativos da PGR anunciou a apreensão da participação social minoritária de 49% da AAA Activos no Standard Bank Angola, onde o empresário é administrador não-executivo, tendo o mesmo solicitado suspensão das funções enquanto durar o processo.

No dia 11 de setembro, a diretora do Serviço Nacional de Recuperação de Ativos da PGR, Eduarda Rodrigues Neto, abordou com as autoridades judiciais suíças, entre outros assuntos relativos à luta de Angola contra a corrupção, o processo que envolve Carlos São Vicente. Na ocasião, Eduarda Rodrigues terá feito entregou uma carta rogatória às autoridades judiciais da Suíça.

Na sexta-feira (18), a PGR ordenou o congelamento de contas e apreensão de bens de Irene Neto, filha do primeiro presidente angolano, Agostinho Neto, e esposa de Carlos São Vicente que lidera o grupo AAA, um dos maiores grupos empresariais angolanos, operando na área dos seguros e da hotelaria.

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