Sábado, 28 de Junho, 2025

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Tribunal suspende julgamento de fiéis da IURD

O Tribunal de Comarca do Lubango decidiu hoje suspender o julgamento de dez fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), acusados de agressão, porque o caso não reúne os requisitos para um julgamento sumário, além de erros na instrução do processo-crime.

O julgamento, que chegou a ter início nesta terça-feira, era presididido pelo juiz de direito, Arnaldo Bartolomeu, que durante o julgamento detectou insuficiências no processo, que foi devolvido ao Procurador da República junto do comando municipal do Lubango para suprir as falhas.

De acordo com uma fonte do tribunal de comarca do Lubango, há elementos do crime que não foram tidos em conta na instrução do processo e durante o julgamento o juiz notou essas falhas.

De entre tais elementos, a fonte disse à Angop que há a acusação de danos à uma viatura, cujo relato e as provas não constam do processo-crime, pelo que o juíz da causa devolve-o à PGR, tendo a seguir suspenso o julgamento e entregue ao procurador junto da polícia a decisão sobre as medidas de coação pessoal a aplicar os arguidos até a marcação de um novo julgamento.

As agressões deram-se no sábado, quando um grupo de fiéis decidiu promover uma passeata a partir da sede daquela igreja, para protestar contra os reformistas, mas que foi impedida por apoiantes desses últimos, gerando actos de pancadaria, que resultaram em ferimentos graves a alguns reformistas.

O conflito na IURD iniciou em Novembro 2019, quando um grupo de mais de 300 pastores angolanos subscreveu um manifesto, no qual denunciam a gestão brasileira de cometerem vários crimes, nomeadamente evasão fiscal, branqueamento de capitais, práticas racistas e outras que atentam com contra os hábitos culturais de Angola, como obrigar os pastores a fazer vasectomia.

Em Junho último, os pastores angolanos da ala reformadora da IURD passaram a controlar vários templos, um gesto que não foi bem visto pelos bispos brasileiros. 

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