A comunidade internacional pediu ao governo do Mali a libertação dos líderes dos protestos para apaziguar os distúrbios e incidentes que afetam a capital do país.
Durante a noite de domingo, Bamako voltou a ser cenário de confrontos, que provocaram o reforço da presença policial nesta segunda-feira em duas das três pontes que atravessam o rio Níger, principais eixos de trânsito na cidade.
Os bancos permanecem fechados, mas o trânsito foi retomado nas pontes que haviam sido bloqueadas pelos manifestantes.
No distrito de Badalabugu, onde os confrontos entre cidadãos e as forças de segurança, que abriram fogo, provocaram cenas de guerra no sábado à noite, duas pessoas feridas não resistiram e faleceram, anunciaram as famílias.
No mesmo bairro, o imã Mahmud Dicko, a quem os fiéis afirmam que desejam proteger de uma detenção, fez um apelo por calma que parece ter sido ouvido por alguns manifestantes nesta segunda-feira.
Mas a tensão persiste na capital, assim como a pressão sobre o presidente Ibrahim Bubakar Keita, que tem a renúncia exigida pelos manifestantes.
Uma conjuntura que gerou preocupação entre os vizinhos do Mali, um país abalado pelo jihadismo (sobretudo no centro e norte) e vários desafios, em uma região marcada pela instabilidade.
Em um comunicado conjunto, os representantes da União Africana, da Comunidade dos Estados da África do Oeste (Cedeao), da ONU e da UE no Mali pediram moderação a todas as partes envolvidas na crise.