Três cidadãos indiciados no crime de furto de 16 chaves de apartamentos na centralidade do Lobito, província de Benguela, para comércio encontram-se detidos, informou nesta sexta-feira a Polícia Nacional.
Trata-se de dois homens e uma mulher, com idades entre os 32 e 27 anos, sobre os quais recai também a acusação de arrombamento da porta da administração da centralidade do Lobito, onde teriam retirado as chaves dos apartamentos.
O porta-voz do comando provincial da Polícia Nacional em Benguela, o inspector-chefe Ernesto Chiwale, explicou que no último dia sete a Polícia Nacional tomou conhecimento do furto de chaves no edifico onde funciona a Administração da Centralidade do Lobito e na Imogestin, tendo realizado diligências que culminaram com a detenção dos suspeitos.
O inspector-chefe Ernesto Chiwale explicou que já foi aberto um processo-crime e que a investigação ainda continua para que a polícia obtenha mais informações que ajudem a compreender se existe ou não uma rede de venda ilegal de apartamentos em Benguela.
Questionado se a situação afectaria também as centralidades do Luongo (Catumbela) e da Baía Farta, o oficial do Gabinete de Informação do comando provincial disse que só os resultados conclusivos da investigação policial em curso poderão trazer mais elementos sobre o assunto.
Este é o segundo caso do género em Benguela. Em Março o Serviço de Investigação Criminal (SIC) havia detido o padre Valentim Joaquim Jamba, por suposto envolvimento em negócios ilícitos no processo de venda de residências nas centralidades do Lobito, Luongo e Baía Farta.
Na ocasião, o sacerdote, que dias depois viria a ser suspenso das suas actividades na Igreja Católica, pelo bispo da Diocese de Benguela, Dom António Francisco Jaka, foi encontrado com avultadas somas em dinheiro, alegadamente cobrado de forma ilegal a cidadãos interessados por uma residência nos projectos habitacionais do Estado.

