Quarta-feira, 24 de Dezembro, 2025

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Governo angolano prepara-se para aplicar taxa de turismo a visitantes internacionais

O Governo angolano vai criar a taxa do turismo, que passa a cobrar a turistas internacionais 5% da diária que pagam a empreendimentos turísticos, pela dormida, com um limite de até sete dias.

Governo angolano prepara-se para aplicar taxa de turismo a visitantes internacionais

Segundo o ministro do Turismo de Angola, Márcio Daniel, o Conselho de Ministros analisou hoje seis diplomas legais para corporizar e materializar a aprovação recente do Simplifica Turismo, o programa do Governo de simplificação de procedimentos na administração pública.

Entre estes diplomas, foi analisada a Proposta de Lei de Autorização Legislativa que permite ao Presidente da República aprovar o Regime Jurídico da Contribuição Especial para o Turismo, incluindo a criação de um tributo aplicável às dormidas de turistas internacionais até sete noites.

Márcio Daniel frisou que é uma medida estruturante que vai “revolucionar o modo de financiamento do setor do turismo”.

“Esta taxa que nós estamos a propor que se crie é aplicável aos turistas internacionais que estejam hospedados num empreendimento turístico, hotel, resort, lodges, etc, por um período de até sete dias”, avançou.

“Ou seja, a taxa aplica-se aos turistas internacionais pela dormida com um limite de até sete dias e o valor da taxa é de 5% da diária cobrada pelo empreendimento”, acrescentou.

O governante angolano disse ainda que foi também aprovada pelo Conselho de Ministros a Proposta de Decreto Presidencial que cria a Estratégia do Turismo de Eventos, para Angola tirar proveito dos investimentos de grande dimensão nacional, regional e continental, que está a realizar nos últimos anos.

“Referimo-nos ao Aeroporto Internacional António Agostinho Neto (AIAAN), estamos a finalizar a construção de um grande centro de conferências, de convenções, na zona da Chicala, [e] para tirar proveito destas infraestruturas é crucial que exista uma estrutura que fique responsável por atrair para Angola o máximo possível de eventos”, frisou.

O governante angolano sublinhou que esta estratégia passa pela criação de um Bureau de Convenções, que vai ficar sob a responsabilidade do Ministério do Turismo, dedicado a atrair para Angola eventos de natureza pública e privada.

“Assim, as infraestruturas que estão a ser edificadas não vão ficar às moscas, sem qualquer tipo de evento”, referiu o ministro, enfatizando que Angola, para ter o dinamismo do mercado MICE (Meeting Incentives, Conferences and Exhibitions), “precisa da criação desse Bureau de Convenções”.

Atualmente, o contexto africano é dominado pela África do Sul, com a Cidade do Cabo a liderar, e Ruanda, Quénia, Egito e Marrocos como os países que se destacam na atração de eventos, descreveu Márcio Daniel.

O Conselho de Ministros aprovou também a Proposta de Decreto Presidencial que cria as medidas para o desenvolvimento do turismo marítimo, mais concretamente o turismo de navios cruzeiros, para que Angola tire vantagens dos portos de Luanda, do Namibe e do Lobito, com capacidade para receção de navios cruzeiros.

O titular da pasta do Turismo em Angola destacou que esta estratégia visa dar a conhecer o potencial infraestrutural angolano, apresentar o conjunto de atratividade, bem como posicionar o país “como um destino forte em matéria de navios de cruzeiro”.

“Em África, os portos de Walvis Bay, na Namíbia, e de Cape Town, atraem boa parte do tráfego de navios cruzeiros e passam pela nossa costa”, disse.

Lusa

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