O governador provincial de Luanda, Luís Nunes, realizou esta semana mais uma jornada de campo, desta vez no município da Angombota, onde anunciou um conjunto de medidas para mitigar riscos habitacionais, melhorar infraestruturas e recuperar terrenos públicos ocupados sem utilidade.

A visita começou com um encontro de auscultação aos moradores, onde foram apresentadas várias preocupações sociais e infraestruturais. Em seguida, o governador deslocou-se à zona da Boa Vista, uma das áreas mais críticas devido aos inúmeros casebres construídos na encosta, que representam perigo iminente para mais de 250 famílias já identificadas pela Administração Municipal.
Perante o avançado estado de degradação das construções e o risco agravado pelo período chuvoso, Luís Nunes determinou a demolição imediata dos casebres e o realojamento das famílias em zonas mais seguras e com melhores condições.
“Na Boa Vista, temos que desalojar as pessoas. Com as chuvas, estamos sujeitos a mais uma desgraça. É uma zona crítica e temos de agir para ontem”, afirmou o governador.
Além da Boa Vista, Luís Nunes sublinhou que existem outras zonas de risco na província que serão igualmente intervencionadas nos próximos tempos.
Ainda na Ingombota, o governador procedeu ao descerramento da placa da rua Guilherme Tonin, agora reabilitada, garantindo melhores condições de circulação para automobilistas e moradores. Recordou que todas as obras realizadas são financiadas e executadas pela Administração Municipal da Ingombota, incluindo intervenções em várias escolas que estão a ser reabilitadas e ampliadas.
No encontro com os moradores, foi igualmente levantada a falta de espaço para erguer novas infraestruturas sociais. Segundo o governador, muitos cidadãos possuem terrenos vagos sem qualquer utilização, o que tem travado projectos públicos.
Como resposta, Luís Nunes anunciou que orientou as administrações municipais a lançar editais para obrigar os detentores de terrenos a apresentarem documentação válida que comprove a posse. Quem não comprovar ou não estiver a utilizar o espaço para o fim declarado poderá perder o terreno a favor do Estado.
“Se a pessoa comprou a área com um propósito e não construiu dentro do prazo previsto, as terras revertem automaticamente a favor do Estado”, esclareceu.
A visita terminou com a entrega de kits de autoemprego, no âmbito dos programas de apoio ao empreendedorismo local. O governador garantiu que os problemas identificados no município “têm os dias contados” graças às intervenções em curso.

