O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, avaliou esta semana o andamento das obras da Refinaria do Lobito, em Benguela, e garantiu que a primeira fase do projeto estará concluída em 2027, permitindo já o início da produção por destilação atmosférica.

A refinaria, um dos maiores investimentos estruturantes do país, foi concebida para garantir a autossuficiência na produção de derivados do petróleo, com uma capacidade de processamento de 200 mil barris de crude por dia. O projeto está a ser financiado e executado pela empresa Samangó, que conta com recursos próprios e financiamentos adicionais.
Atualmente, 2.700 trabalhadores estão mobilizados no terreno, enquanto outros 600 técnicos na China estão dedicados à produção dos equipamentos mais complexos e de fabrico prolongado. Segundo o ministro, embora o Executivo esteja a procurar novos parceiros para reforçar a capacidade da Samangó, esse processo não impede a continuação das obras.
Diamantino Azevedo explicou que a primeira fase da refinaria — correspondente à unidade de destilação atmosférica — irá produzir fuel oil (HFO), gasóleo, GTA1 e nafta. Apesar de a gasolina ainda não ser produzida nesta fase inicial, parte significativa da nafta será enviada para a refinaria de Luanda para posterior transformação.
Durante a visita, o ministro recebeu informações atualizadas sobre o avanço dos trabalhos e destacou a importância estratégica do projeto para Benguela e para o país, tanto pela capacidade de produção como pelo impacto económico e social previsto.
No mesmo deslocamento, o governante reuniu-se com o Governo Provincial de Benguela para analisar o potencial mineiro da região. A província conta atualmente com 26 títulos e alvarás mineiros concedidos para diversos minerais, maioritariamente para prospeção, incluindo calcário, argila, gesso, ouro, níquel, ferro, zinco e crómio. No entanto, o ministro alertou que algumas empresas não estão a cumprir os contratos de investimento mineiro, o que poderá levar à revogação das licenças.
Diamantino Azevedo sublinhou que a Refinaria do Lobito, associada ao potencial mineiro e às novas infraestruturas do Corredor do Lobito, será um ativo determinante para o desenvolvimento sustentável do país e para a melhoria das condições de vida da população.

