Quinta-feira, 25 de Dezembro, 2025

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Governo deixa de ceder autocarros a operadores privados com nova reforma da mobilidade

O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, anunciou que, no âmbito da reforma da mobilidade urbana, o Executivo deixará de ceder autocarros a operadores privados. A medida pretende recentrar o investimento público em entidades estatais e obrigar as empresas privadas do sector a adquirirem os seus próprios meios.

Durante a sua participação no programa Economia 100 Makas, apresentado pelo jornalista económico Carlos Rosado, o ministro revelou que, nos últimos anos, o Governo entregou 2.263 autocarros às operadoras nacionais, sendo 1.023 destinados à província de Luanda. Ainda assim, a capacidade instalada não foi suficiente para responder à elevada procura da população, o que levou à criação de um novo plano de mobilidade.

Ricardo de Abreu afirmou que o esforço financeiro do Estado deve servir, prioritariamente, o sector público: “Pretendemos que existam operadores privados, mas que sejam eles a investir nos seus próprios meios. Os investimentos do Executivo serão voltados para entes públicos, por se tratar de uma responsabilidade pública e política.”

O Governo prevê que novos autocarros comecem a circular em Luanda e nas restantes províncias dentro de 18 meses.

Outro ponto abordado foi o transporte rodoviário de mercadorias, que enfrenta atrasos devido ao estado das infraestruturas. O ministro destacou os trabalhos de reabilitação e construção de estradas conduzidos pelo Ministério das Obras Públicas, afirmando que estes permitirão encurtar tempos de viagem e aumentar a segurança rodoviária.

A plateia também expressou preocupação com o desempenho da transportadora aérea nacional, TAAG, que apesar do elevado número de horas de voo, continua distante dos padrões internacionais. Ricardo de Abreu garantiu que o Executivo está a tratar do dossiê “com seriedade e responsabilidade”, reforçando que a parceria com a Lufthansa Consulting está a apoiar a transformação da companhia. “Os resultados serão visíveis em breve”, assegurou.

O ministro, que completa oito anos à frente do sector, mencionou ainda o novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, o Corredor do Lobito e outros projetos estruturantes que já contribuem para dinamizar a economia nacional.

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