O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, acusou esta terça-feira os países europeus de tentarem minar os esforços diplomáticos do presidente norte-americano, Donald Trump, ao refazerem o plano de paz para a Ucrânia.

O chefe da diplomacia russa disse que os países europeus estão a “fazer barulho” nos meios de comunicação social para modificarem o plano de 28 pontos, que contemplava muitas das exigências de Moscovo.
Em conferência de imprensa, Lavrov disse ainda que a Europa quer refazer o plano, apesar de admitir que alguns pontos da proposta norte-americana necessitam de esclarecimentos.
Segundo Lavrov, os pontos essenciais do plano de Trump para a Ucrânia tiveram como base o entendimento alcançado em Anchorage, referindo-se à cimeira do passado mês de agosto no Alasca.
Lavrov disse ainda que apreciou os esforços de Washington, que “ao contrário” de Londres, Bruxelas, Paris e Berlim, mostrou iniciativa no momento de encontrar um caminho para o acordo sobre a Ucrânia.
O conselheiro internacional da Presidência da Rússia, Yuri Ushakov, rejeitou na segunda-feira as alterações introduzidas pelos países europeus ao plano de paz para a Ucrânia apresentado pelos Estados Unidos.
O plano que Washington apresentou a Moscovo rejeitava categoricamente a entrada da Ucrânia na Aliança Atlântica, enquanto a nova versão deixa espaço para uma decisão consensual dos países membros da NATO.
Além da questão sobre a NATO, obrigava a Ucrânia a abandonar o leste da Ucrânia, quando as tropas ainda controlam cerca de 20% do território da região de Donetsk.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014 anexando o Península da Crimeia e lançou em 2022 uma campanha militar de grande escala contra todo o território ucraniano.
Lusa

