O ministro das Relações Exteriores, Téte António, destacou a importância da participação de Angola no Fórum Global Gateway, realizado em Bruxelas, uma iniciativa da União Europeia que visa mobilizar investimentos estratégicos em infraestruturas sustentáveis e fortalecer parcerias globais. O evento conta com a presença do Presidente João Lourenço, que participa na qualidade de Chefe de Estado angolano e Presidente em exercício da União Africana.

Durante o fórum, Angola foi reconhecida como parceiro estratégico da União Europeia na África Austral, resultado do reforço da cooperação bilateral e dos acordos assinados no Fórum de Negócios Angola-UE, em Luanda. Na ocasião, foram formalizadas quatro convenções de financiamento no valor de 90 milhões de dólares, abrangendo áreas como economia azul, economia circular, justiça e boa governação. Estes programas visam fortalecer as capacidades institucionais e criar um ambiente propício ao investimento privado.
O Presidente João Lourenço discursará logo após a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na sessão de abertura do Fórum, que reúne diversos chefes de Estado sob o tema “O Estado do Mundo”. A intervenção de João Lourenço abordará as oportunidades de cooperação entre África e a Europa, com ênfase no Corredor do Lobito, considerado um eixo estratégico para o desenvolvimento regional e a integração logística do continente.
À margem do evento, estão previstas reuniões bilaterais entre o Presidente angolano e dirigentes europeus, bem como a assinatura de dois instrumentos jurídicos de cooperação: o Programa Agroinvest, com um valor de 50 milhões de euros, e o Projeto da Plataforma Logística de Caála, voltado para o fortalecimento das cadeias de valor agrícolas e de transporte em Angola.
O Fórum Global Gateway representa uma plataforma de diálogo político e económico entre a União Europeia e África, centrada em temas como transição energética, conectividade digital, transporte e economia azul. Angola pretende aproveitar esta participação para consolidar o seu papel na parceria euro-africana e captar novos financiamentos para o seu programa de diversificação económica e modernização de infraestruturas.