O Governo angolano lançou esta segunda-feira, em Luanda, o Programa Nacional de Telemedicina e Ensino à Distância, uma iniciativa do Ministério da Saúde, com o apoio do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, que visa levar serviços médicos e formação profissional às zonas mais recônditas do país.

Durante o lançamento, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, reconheceu que o sector ainda enfrenta diversos desafios, mas afirmou que o novo programa “representa uma viragem no quadro atual da prestação de cuidados de saúde”, apostando na transformação digital como ferramenta essencial para melhorar o acesso, a qualidade e a eficiência dos serviços de saúde.
Atualmente, o país conta já com serviços de telemedicina em funcionamento nas províncias do Moxico, Lunda Sul, Lunda Norte, Uíge, Huíla e Luanda. Segundo a ministra, a meta é expandir o programa a todo o território nacional, assegurando uma cobertura mais equitativa dos serviços de diagnóstico, acompanhamento clínico e formação à distância.
O Ministério da Saúde prevê formar até 2028 cerca de 38 mil profissionais do sector. Até ao momento, já foram capacitados 11 mil técnicos, dos quais 4 mil com recurso a tecnologias de ensino remoto.
A telemedicina e o ensino à distância são vistos como pilares estratégicos na modernização do sistema nacional de saúde, permitindo reduzir desigualdades no acesso aos cuidados e reforçar a qualificação dos quadros do sector.
