Segunda-feira, 4 de Agosto, 2025

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Teixeira Cândido critica comunicação oficial e Polícia responde

O jornalista Teixeira Cândido criticou recentemente a forma como a Polícia Nacional, o ministro do Interior e o próprio Presidente da República comunicaram os acontecimentos que resultaram em dezenas de mortes e destruição de bens durante os tumultos registados em Luanda.

Teixeira Cândido critica comunicação oficial e Polícia responde

Segundo Teixeira Cândido, que fazia análise da situação vivida na semana durante um programa da Rádio Essencial, a comunicação oficial deu mais ênfase à destruição de bens do que à perda de vidas humanas, passando a perceção de que a proteção da propriedade estaria acima do direito à vida.

“Parece-me que devia ser obrigação da polícia, antes de qualquer consideração, primeiro lamentar as mortes, segundo transmitir à opinião pública que iria abrir um inquérito para investigar as mortes e, só depois, falar da destruição de bens”, afirmou.

O jornalista defendeu ainda que o Estado tem a obrigação de proteger a vida, destacando que a Constituição dá prioridade a esse direito no seu artigo 30.º, enquanto a proteção da propriedade surge apenas no artigo 37.º.

“O discurso da polícia parece mais propenso a nos transmitir a ideia de que restabelecer a ordem foi mais importante do que proteger as pessoas. As mortes não voltam. É preciso lamentá-las primeiro e garantir à sociedade que haverá investigação séria”, acrescentou.

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