O movimento islamita palestiniano Hamas anunciou esta sexta-feira ter dado uma resposta “positiva” aos mediadores internacionais relativamente à mais recente proposta de cessar-fogo para Gaza, afirmando-se disponível para negociar de imediato a sua implementação.
Num comunicado divulgado esta manhã, o Hamas indica que concluiu as consultas internas e com outras forças palestinianas sobre os termos apresentados pelos mediadores para pôr fim ao conflito com Israel, que se arrasta desde o ataque de 7 de outubro de 2023 ao território israelita, desencadeando a posterior invasão da Faixa de Gaza por forças israelitas.
“O movimento apresentou a sua resposta aos mediadores (…) de forma positiva, e está pronto para iniciar, de forma imediata e séria, uma ronda de negociações sobre o mecanismo para implementar esta estrutura”, refere o comunicado.
A proposta em cima da mesa surge após meses de negociações mediadas por Egipto, Qatar e Estados Unidos, com o objetivo de alcançar uma trégua duradoura, aliviar a crise humanitária no enclave e permitir a libertação de reféns ainda em poder do Hamas, bem como prisioneiros palestinianos detidos em Israel.
O Hamas, classificado como organização terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e outros países, sublinha no seu posicionamento que continua empenhado “em defender o povo palestiniano e alcançar um acordo que ponha fim à agressão em curso”.
As autoridades israelitas ainda não comentaram oficialmente a resposta do Hamas, mas fontes diplomáticas indicam que a nova ronda negocial poderá ser retomada nas próximas horas, dependendo da avaliação que Israel fizer da proposta e do seu grau de aceitação.
A guerra em Gaza, que dura há mais de 20 meses, já provocou dezenas de milhares de mortos e feridos, bem como o deslocamento massivo da população e a destruição generalizada de infraestruturas, num dos conflitos mais mortíferos e prolongados da história recente do Médio Oriente.
