O Ministério do Interior de Moçambique decidiu expulsar Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como ‘Fuminho’, um dos traficantes de droga mais procurados pela justiça brasileira, anunciou hoje o Governo moçambicano.
“Aquando da entrada no território moçambicano, o cidadão Luiz Gomes de Jesus, também conhecido por Gilberto Aparecido dos Santos, não observou os procedimentos e a entrada irregular no país é fundamento para expulsão administrativa”, lê-se num documento do Ministério do Interior distribuído hoje à imprensa.
Fonte citada pelo diário eletrónico Carta de Moçambique indica que “Fuminho” partiu do Aeroporto de Maputo para o Brasil na madrugada de hoje, num avião da Força Aérea Brasileira, sob controlo da Polícia Federal.
“Fuminho”, detido na passada segunda-feira em Maputo, estava foragido há 21 anos e foi condenado por crimes de tráfico de drogas, contra o património de instituições financeiras e de grandes empresas de logística, assim como por financiar a fuga de líderes de organizações criminosas.
O despacho de expulsão de Moçambique interdita ainda “Fuminho” de entrar no território moçambicano por um período não inferior a 10 anos.
“Sobre o cidadão decaía um mandado internacional de captura emitido pelas autoridades brasileiras, devidamente notificado no sistema da Interpol e executado pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal”, acrescenta o documento.
O brasileiro é também suspeito de ser o financiador de um plano de resgate de Marcos Willians Camacho, conhecido como ‘Marcola’, o líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior fação criminosa do Brasil, preso em Brasília.
A descoberta deste plano de resgate culminou com a autorização do uso das Forças Armadas por parte do Presidente da República brasileira no perímetro da Penitenciária Federal de Brasília, em fevereiro último.
De acordo com a imprensa brasileira, “Fuminho” fugiu da prisão em 1998, no mesmo dia que Marcola também escapou, e escondeu-se em países vizinhos, como Paraguai e Bolívia.
Lusa