O número de casos registados oficialmente de infeção pelo novo coronavírus em Moçambique subiu de 35 para 39, anunciou hoje o Ministério da Saúde.
“Dos 85 testes efetuados nas últimas 24 horas, 81 revelaram-se negativos e quatro pessoas tiveram resultados positivos”, disse Rosa Marlene, diretora nacional de Saúde Pública, na atualização de dados no Ministério da Saúde em Maputo.
Os novos quatro casos, que se encontra em isolamento domiciliar por não apresentarem sintomatologia grave, resultam de uma investigação sobre as ramificações de um caso de infeção pelo novo coronavírus anunciado em 02 de abril, descoberto em Afungi, Cabo Delgado, na área do projeto para a exploração de gás no Norte de Moçambique liderado pela francesa Total.
Os novos casos, que tiveram todos contacto com os casos positivos em Afungi, dizem respeito a dois cidadãos moçambicanos e outros dois estrangeiros (um sul-africano e um norte-americano.
Apenas trabalhos essenciais estão a ser realizados nas obras do megaprojeto para exploração de gás liderado pela Total no norte do país, após descoberta de novos casos de infeção pelo novo coronavírus no local.
“Neste momento decorre o trabalho de mapeamento dos contactos dos casos anunciados”, afirmou Rosa Marlene.
Do total de 39 casos registados em Moçambique, oitos estão já recuperados, segundo o Ministério da Saúde.
África regista um total de 1.055 mortos e um aumento de infeções de 19.895 casos para 21.096 registados em 52 países, segundo a última atualização do boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de infeções (79), seguida de Cabo Verde (58 casos e uma morte), Guiné-Bissau (50) Moçambique (35), Angola (24 infetados e dois mortos) e São Tomé e Príncipe continua sem casos, após uma primeira identificação de quatro casos positivos que não foram confirmados na segunda análise.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 160 mil mortos e infetou mais de 2,3 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 518 mil doentes foram considerados curados.
Lusa