Sexta-feira, 14 de Março, 2025

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Angola pretende alcançar 9.000 MW de energia elétrica até 2027

Angola está a intensificar os seus esforços para expandir a capacidade de produção de energia elétrica, com o objetivo de atingir 9.000 megawatts (MW) até 2027. O plano do governo inclui investimentos em projetos hidroelétricos, energias renováveis e modernização das infraestruturas de distribuição e transmissão.

Angola pretende alcançar 9.000 MW de energia elétrica até 2027

Atualmente, o país conta com uma capacidade instalada de cerca de 6.400 MW, sendo que a meta representa um aumento de aproximadamente 40%. Para viabilizar esse crescimento, um dos projetos-chave é a conclusão da Hidroelétrica de Caculo Cabaça, que adicionará 2.100 MW à rede elétrica nacional. Localizada na província do Cuanza Norte, a infraestrutura está em fase avançada de construção e deverá entrar em operação nos próximos anos.

Além da aposta na energia hídrica, Angola tem diversificado a sua matriz energética, incorporando fontes renováveis, especialmente a solar. Nos últimos anos, foram inauguradas sete centrais fotovoltaicas, somando 300 MW de capacidade instalada. Essas unidades fornecem eletricidade a mais de 500 mil pessoas, sobretudo em áreas rurais.

O governo também está a investir na modernização da rede de transmissão e na interligação com países vizinhos, como a Namíbia, Zâmbia e República Democrática do Congo, permitindo a exportação do excedente energético. Com essa estratégia, Angola pretende não só garantir o fornecimento interno, mas também transformar-se num exportador de eletricidade na região.

Outro objetivo ambicioso do governo é aumentar a participação das energias renováveis para 73% da matriz energética até 2027. Atualmente, a produção nacional de eletricidade é composta por 59,79% de energia hidroelétrica, 35,74% de energia térmica, 3,81% de energia solar e 0,57% de energia híbrida.

Para concretizar esses projetos, Angola conta com parcerias internacionais e financiamento externo. Os Estados Unidos, por exemplo, têm investido na construção de parques solares em Malanje e Luanda, com capacidade prevista de 500 MW adicionais.

Com estas iniciativas, o governo angolano pretende responder ao crescimento da demanda interna por eletricidade, impulsionado pelo desenvolvimento económico e pelo aumento populacional, ao mesmo tempo que aposta na sustentabilidade e na diversificação da economia.

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