Quarta-feira, 5 de Fevereiro, 2025

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Autoridades angolanas prosseguem investigações de megafraude no fisco

As autoridades angolanas prosseguem a investigação de uma megafraude envolvendo o desvio de sete mil milhões de kwanzas (7,3 milhões de euros) por funcionários do fisco, um deles fugido para Portugal, revelou hoje fonte do serviço de investigação.

Autoridades angolanas prosseguem investigações de megafraude no fisco

Segundo a Administração Geral Tributária (AGT), deste processo de investigação relacionado com irregularidades identificadas no sistema de pagamento de impostos, resultou até agora a detenção de dois funcionários tributários, um do Gabinete de Tecnologias de Informação e outro da Direção de Cadastro e Arrecadação de Receitas.

Em declarações à Lusa, o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Manuel Halaiwa, adiantou que há mais funcionários do Estado envolvidos e que as autoridades angolanas prosseguem a investigação.

“O SIC está em diligências, claramente nem todos devem estar em território nacional”, afirmou, acrescentando que os suspeitos fugiram para Portugal e países africanos.

“Já acionámos os nossos mecanismos próprios para lidar com os que fugiram para Portugal e outros países africanos”, salientou, sem precisar o número de foragidos, já que “o processo está a desenrolar-se e vão surgindo dados novos”.

A imprensa angolana, que cita o SIC, afirma que durante uma operação realizada nas casas dos acusados foram apreendidos 301 mil dólares (cerca de 287 mil euros), 66 milhões de kwanzas (69 mil euros) e 4.860 rands sul-africanos (246 euros), bem como viaturas de luxo.

Os dois detidos são acusados de associação criminosa, acesso ilegítimo a sistema de informação e sabotagem informática.

Os funcionários tributários usavam de forma ilegitima os sistemas da AGT o que lhes permitiu realizar cerca de 1.500 operações fraudulentas, resultando num prejuízo de sete mil milhões de kwanzas (cerca de 7,3 milhões de euros ao cambio atual).

A AGT informou que todas as notas de liquidação que foram objeto de fraude estão devidamente identificadas e reportadas aos órgãos competentes para tratamento criminal, pelo que os contribuintes que se encontram nesta situação serão notificados para o pagamento dos respetivos impostos.

Lusa

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