A Agência Nacional de Ação Contra Minas revelou que a província do Cunene ainda possui 35 áreas que necessitam de desminagem, espalhadas pelos seis municípios da região. Entre elas, a comuna de Môngua, no município de Cuanhama, é a de maior preocupação, conforme relatado pelos responsáveis locais.
De acordo com os especialistas, os avanços na desminagem em outras áreas da província são motivo de otimismo. Recentemente, foram destruídos engenhos explosivos nas comunas de Oniva e Evale, e as operações estão programadas para se expandir para Mongua, onde a situação é mais crítica.
Desde janeiro de 2024, as brigadas de desminagem que atuam no Cunene recolheram mais de 7.000 engenhos explosivos não detonados, em áreas como Cuanhama, Ombadja e Cuvelai. Entre os artefatos destruídos estão minas antitanque, minas antipessoal, projéteis, morteiros, granadas e munições de diversos calibres.
As operações de desminagem têm sido cruciais para a melhoria da segurança e da qualidade de vida dos habitantes locais. Com mais áreas seguras, espera-se que haja uma maior circulação de pessoas e bens, além de um aumento na implementação de projetos de impacto social e económico.
Este ano, as brigadas atuaram em importantes projetos, incluindo a área de construção da nova universidade e no traçado do canal que liga Mupa a Ondjiva, numa extensão de aproximadamente 110 km. Além disso, trabalhos foram realizados no âmbito da exploração de petróleo e gás em Namacunde.
Atualmente, a província conta com três brigadas de desminagem: uma do Centro Nacional de Desminagem, outra da Polícia de Guarda Fronteira, e uma das Forças Armadas Angolanas.