O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, defendeu, recentemente em entrevista à Rádio Nacional de Angola (RNA), a necessidade urgente de transformação da Sonangol numa empresa moderna e voltada para a energia. Nas suas declarações, o ministro destacou que “a Sonangol tem que deixar de ser uma empresa de petróleo e se tornar uma empresa de energia”, refletindo a realidade de um mundo em transição energética.
A Nova Direção da Sonangol
Azevedo enfatizou que, assim como outras empresas do setor, a Sonangol deve adaptar-se às novas demandas do mercado global. “Como as outras empresas de petróleo estão se transformando em empresas de energia, vocês também têm que se transformar em empresas de energia”, afirmou. Essa mudança é não apenas necessária, mas essencial para que a empresa permaneça relevante num cenário energético em rápida evolução.
O ministro compartilhou algumas ideias que estão a ser consideradas para impulsionar essa transformação. Uma das principais propostas é a entrada no mercado de hidrogênio verde. “Vamos fazer um projeto”, revelou, indicando que a diversificação é uma prioridade. Além disso, mencionou a importância da energia solar, destacando que a Sonangol já deu os primeiros passos nesse sentido, independentemente dos programas governamentais em vigor.
Desafios e Críticas
No entanto, a transformação não é isenta de desafios. Azevedo reconheceu que algumas decisões, como a participação da Sonamol no projeto de fertilizantes, têm gerado descontentamento entre a população. “As pessoas estão chateadas porque a Sonamol entrou num projeto de fertilizantes”, afirmou.
Recentemente, Diamantino de Azevedo anunciou o consórcio entre a Sonangol e Amufert, empresa do grupo Opaia, para construção de uma fábrica de fertilizantes no valor de 1,4 mil milhões de dólares. O projeto que tem garantia do Estado, será financiado na totalidade pelo Afreximbank. O início da produção está previsto para 2027.
