A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau condenou hoje alegados “atos de vandalismo” na sede da Comissão Regional de Eleições (CRE), em Tombali, no sul do país, protagonizados, na segunda-feira, por jovens.
A CNE considera que os jovens estarão a ser “instrumentalizados por desinformação nas redes sociais”, onde circulam relatos de ajuntamentos da população para impedir alegadas fraudes eleitorais.
A posição da Comissão Nacional de Eleições consta de um comunicado distribuído hoje pela imprensa guineense e consultado pela Lusa através das redes sociais.
O documento refere que o alegado vandalismo à sede da CRE de Tombali originou a retirada dos membros daquela instituição e outros interessados no processo eleitoral em curso, facto que motivou a suspensão dos trabalhos do apuramento local dos resultados eleitorais.
A CNE indica ainda terem ocorrido tentativas de vandalização às sedes das CRE de Oio, no norte, em Bolama, no arquipélago dos Bijagós, mas que “foram prontamente evitadas” pelas forças de segurança.
A instituição eleitoral exorta os guineenses, em particular a juventude, a não se deixarem instrumentalizar “com base em desinformações veiculadas nas redes sociais” por pessoas “perturbadoras e de má-fé”.
A CNE guineense considera que aquelas pessoas querem, “de forma dolosa, provocar distúrbios por interesses inconfessos contrários ao espírito de bom senso que sempre norteou o povo guineense”.
O organismo eleitoral apela à calma e serenidade dos guineenses para permitir a conclusão dos trabalhos do apuramento regional dos resultados das eleições legislativas e presidenciais, realizadas no domingo passado.
A CNE já tinha anunciado que os resultados eleitorais provisórios deverão ser divulgados até 27 de novembro, quinta-feira e exortou todos candidatos, partidos, comunicação social a absterem-se de divulgar resultados, salientando que se trata legalmente de uma competência exclusiva da Comissão.
O candidato independente, Fernando Dias, reclamou vitória, na segunda-feira, afirmando que não haverá segunda volta eleitoral.
A candidatura a um segundo mandato do atual Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, também disse publicamente que não haverá segunda volta nas presidenciais, mas sem avançar resultados do candidato.
Lusa
