Sexta-feira, 17 de Outubro, 2025

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Hamas continua a querer Palestina “totalmente soberana”

O grupo islamita Hamas continua a querer “estabelecer um Estado palestiniano totalmente soberano, com Jerusalém como capital”, dias depois do acordo com Israel para um cessar-fogo no enclave.

Num comunicado publicado hoje para assinalar o primeiro aniversário da morte do antigo líder do movimento Yahya Sinwar pelas Forças de Defesa de Israel, o grupo islamita sublinhou que “manterá a sua postura de fidelidade aos seus sacrifícios até que a libertação da terra e dos locais sagrados seja alcançada”.

“O sangue dos líderes que caíram como mártires fortalece o caminho da resistência para as gerações futuras”, ameaça o Hamas, para quem Sinwar, “comandante do ‘Al Aqsa Flood’” – nome que o grupo dá aos ataques de 07 de outubro de 2023 contra Israel – “chegou ao fim da sua vida e da sua luta, cheio de ‘jihad’ [luta espiritual] e sacrifício, avançando e não recuando, firme no coração da batalha, armado com um cacete em desafio à brutalidade e aos crimes da ocupação”.

O Hamas enfatizou ainda que o aniversário da morte de Sinwar acontece logo após a “grande conquista nacional” que foi a assinatura, na semana passada, do acordo de cessar-fogo com Israel, que previa a libertação de reféns israelitas e palestinianos presos em Israel.

“Isto foi conseguido pelo povo palestiniano, com a sua paciência e resiliência, e através da sua resistência, força e coragem”, defendeu o Hamas.

Segundo o grupo, o acordo “desmantela todos os planos de agressão da ocupação [israelita], pois representa o fim da ocupação e da guerra de extermínio, fome, deslocação e limpeza étnica, bem como um acordo de prisioneiros chamado ‘Inundação dos Livres’, que deu liberdade a 1.968 palestinianos”.

Israel “foi forçado a um cessar-fogo e não garantiu o regresso dos seus prisioneiros até que a resistência o aceitasse nos seus termos e condições”, concluiu.

Por sua vez, o Exército israelita divulgou uma nova fotografia da operação em que Sinwar morreu, na qual se podem ver vários responsáveis das Forças de Defesa de Israel (FDI) junto ao corpo do líder do Hamas. A foto foi tirada a 17 de outubro de 2024, um dia após a sua morte, segundo o jornal The Times of Israel.

Sinwar morreu durante um confronto com o Exército israelita na cidade de Rafah, após o qual as FDI divulgaram um vídeo captado por um drone militar que registou os momentos finais do líder do Hamas, no qual este aparece ferido num sofá, brandindo um pau antes de ser alvejado pelo dispositivo.

A morte de Sinwar — um dos fundadores do Hamas que esteve preso em Israel de 1989 a 2011, quando foi libertado no âmbito de uma troca acordada para garantir a entrega do soldado israelita Gilad Shalit — aconteceu após a sua nomeação, em agosto de 2024, como líder da organização palestiniana, substituindo Ismail Haniyeh, que foi morto num ataque israelita na capital iraniana, Teerão.

Lusa

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