O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, chegou hoje a Israel, pelas 09:42 horas locais (07:42, em Lisboa), assinalando o acordo de Paz, por si patrocinado, entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas.

O avião “Air Force 1”, que costuma transportar os chefes de estado norte-americanos, aterrou no Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Telavive, e Trump foi recebido pelo primeiro-ministro hebraico, Benjamin Netanyhau, entre outras personalidades.
“A guerra acabou, ok?”, disse o líder dos EUA aos jornalistas que viajaram a bordo da aeronave presidencial, acrescentando que “as pessoas estão cansadas” e o plano de pacificação vai ter sucesso por causa disso.
O braço armado do Hamas, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, anunciou hoje a libertação de 20 reféns detidos pelo grupo, no âmbito do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
“As Brigadas Al-Qassam e a resistência na Faixa de Gaza estão a libertar 20 prisioneiros mantidos pela resistência, como parte das medidas para cumprir a primeira fase do plano de Trump para interromper a guerra na Faixa de Gaza”, afirmou a organização, em comunicado.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel saudou o “regresso a casa” de sete reféns israelitas libertados hoje pelo Hamas, que foram identificados.
“Bem-vindos a casa”, escreveu o Ministério dos Negócios Estrangeiros numa série de sete mensagens nas redes sociais, com retratos dos sete reféns: Matan Angrest, Gali e Ziv Berman, Guy Gilboa-Dalal, Omri Miran, Eitan Mor e Alon Ohel.
Entretanto, milhares de pessoas estão reunidas na popularmente designada ‘praça dos reféns’, tendo saudado a chegada de Trump com palavras de ordem e regozijo.
O presidente norte-americano vai encontrar-se com familiares das vítimas do ataque de 07 de outubro de 2023 (“7-O”) e discursar no parlamento israelita (“Knesset”). O último chefe de estado dos EUA a fazê-lo foi George W. Bush, em 2008.
Trump vai deslocar-se depois para o Egito, onde o seu homólogo Abdel-Fattah el-Sissi vai presidir a uma cimeira formal pela Paz naquela região do globo terrestre, com representantes de mais de 20 países, em Sharm el-Sheikh.
O “7-O” causou a morte de 1.219 pessoas, na sua maioria civis, de acordo com uma contagem da agência noticiosa francesa AFP, baseada em dados oficiais.
Em resposta, Israel lançou uma campanha militar em Gaza que, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, causou mais de 67 mil mortes, também na sua maioria civis, e causou um desastre humanitário, incluindo a morte à fome de crianças.
Lusa