Segunda-feira, 13 de Outubro, 2025

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Oposição apela a protestos após exclusão das presidencias na Costa do Marfim

 Os dois principais partidos da oposição na Costa do Marfim convocaram manifestações “todos os dias”, exigindo diálogo político, a menos de duas semanas das eleições presidenciais, das quais os candidatos da oposição foram excluídos.

Oposição apela a protestos após exclusão das presidencias na Costa do Marfim

“As manifestações pela democracia, justiça e paz vão continuar todos os dias em todo o país até que as exigências sejam satisfeitas através do diálogo político”, anunciou no domingo, em comunicado, a Frente Comum.

Esta reúne os dois principais movimentos da oposição: o Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI), de Tidjane Thiam, e o Partido Popular Africano – Costa do Marfim (PPA-CI), de Laurent Gbagbo.

No sábado, centenas de pessoas responderam a um apelo da oposição para marchar em Abidjan, a maior cidade do país, mas a polícia dispersou a manifestação, com recurso da gás lacrimogéneo.

Foram também detidas 237 pessoas, de acordo com o Ministério do Interior, que tinha proibido marchas e reuniões a contestar as decisões do Conselho Constitucional.

Este órgão rejeitou, em setembro, as candidaturas dos principais opositores, incluindo as de Laurent Gbagbo e de Tidjane Thiam.

A Frente Comum, que reportou “inúmeros feridos” no sábado, reafirmou “o seu firme compromisso de não se deixar intimidar ou distrair pela repressão brutal do regime”.

Os dois partidos, que também protestam contra o quarto mandato do chefe de Estado Alassane Ouattara, considerando-o inconstitucional, pede “não violência, calma e compostura”.

A atual lei da Costa do Marfim prevê um máximo de dois mandatos, mas o Conselho Constitucional considerou em 2020 que a adoção de uma nova Constituição quatro anos antes tinha reposto o contador dos mandatos presidenciais a zero.

Quatro candidatos da oposição estão qualificados para enfrentar Alassane Ouattara: o ex-ministro do Comércio Jean-Louis Billon, dissidente do PDCI, e dois apoiantes seguidores de Laurent Gbagbo (a sua ex-esposa Simone Ehivet Gbagbo e o ex-ministro Ahoua Don Mello), e, por último, Henriette Lagou, já candidata em 2015.

Lusa

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