O braço armado do movimento islamita palestinino Hamas divulgou hoje os nomes de 20 reféns israelitas ainda vivos no enclave de Gaza que deverão ser libertados esta manhã, no âmbito de um acordo com Israel.

“No âmbito do acordo [de cessar-fogo e] troca de prisioneiros, as Brigadas al-Qassam decidiram libertar vivos os seguintes prisioneiros sionistas”, afirmou o grupo armado em comunicado, publicando a lista com os nomes de 20 reféns.
De acordo com a imprensa israelita, a libertação de reféns decorrerá em duas fases: a primeira às 08:00 (06:00 em Lisboa), na zona do corredor Netzarim, que divide a Faixa de Gaza de leste a oeste; e a segunda, por volta das 10:00 (08:00 em Lisboa), na zona de Khan Yunis, no sul do enclave.
O Hamas comprometeu-se a iniciar hoje a libertação dos 48 reféns, maioritariamente israelitas, ainda detidos em Gaza, no âmbito do acordo de paz impulsionado pelos Estados Unidos que foi alcançado na semana passada em negociações no Egito.
“Em conformidade com o acordo assinado, a troca de prisioneiros deve começar na segunda-feira de manhã, como combinado, e não há novidades a esse respeito”, disse, no sábado, um representante do grupo, identificado como Oussama Hamdane, também em declarações à agência de notícias France-Presse.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) deverá acompanhar as libertações.
Depois de concluída a entrega, Israel deverá libertar cerca de 2.000 detidos palestinianos das suas prisões, de acordo com os termos da primeira fase de um acordo de cessar-fogo assinado pelas duas partes.
O Hamas publicou, também esta manhã, uma lista com mais de 1.900 prisioneiros palestinianos que, segundo o movimento, deverão libertados.
No domingo, o exército israelita admitiu esperar que nem todos os corpos dos reféns ainda na Faixa de Gaza sejam devolvidos hoje.
Segundo Telavive, dos 48 reféns (47 dos quais raptados a 07 de outubro de 2023, durante os ataques do Hamas a Israel, que deram início à guerra, e um soldado morto em 2014, cujos restos mortais estão na posse do grupo extremista palestiniano), 20 estão vivos e 28 mortos.
Os reféns que Israel acredita continuarem vivos são todos homens com idades compreendidas entre os 20 e os 48 anos.
Momentos antes das declarações do exército, uma porta-voz de Benjamin Netanyahu tinha indicado à imprensa que um “organismo internacional, acordado no âmbito [do acordo de cessar-fogo, ajudaria] a localizar os reféns (mortos) se não fossem encontrados e libertados” na segunda-feira.
Lusa