O Serviço de Investigação Criminal (SIC) reagiu com firmeza às acusações proferidas por um cidadão que, em entrevista à plataforma digital Rádio Ouvinte, se apresentou como colaborador da instituição e fez graves alegações contra dirigentes do órgão. Em comunicado divulgado esta segunda-feira, o SIC classificou as declarações como “infundadas e desprovidas de qualquer base factual”, negando qualquer vínculo com o autor das mesmas.

Segundo o porta-voz do SIC, superintendente-chefe Manuel Halaiwa, as declarações divulgadas têm como objetivo “condicionar a estratégia de integridade e moralização interna” que está em curso na corporação. Essa estratégia, de acordo com o responsável, já resultou na expulsão de mais de 68 efectivos envolvidos em práticas de má conduta e corrupção.
O SIC esclarece que o indivíduo em causa nunca integrou os quadros da instituição, e que as informações por ele apresentadas “não correspondem à verdade, nem refletem a realidade interna do órgão”. As autoridades anunciaram também a abertura de um processo para apurar as motivações e responsabilidades do autor das acusações, exigindo uma retratação pública pelas declarações feitas.
A corporação reforça que, nos últimos meses, tem vindo a implementar um programa de modernização institucional, com foco na melhoria da transparência, da disciplina e do profissionalismo dos seus agentes. O objetivo, segundo o comunicado, é “reconstruir a confiança da população” e consolidar o papel do SIC como um órgão de investigação criminal moderno e responsável.
Por fim, o SIC apelou aos órgãos de comunicação social e à população em geral para que evitem a partilha de informações não confirmadas, alertando que a disseminação de falsidades pode prejudicar o bom nome de instituições públicas e comprometer a credibilidade das investigações em curso.