O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que Israel e o Hamas estão “perto de chegar a algum tipo de acordo” para um cessar-fogo em Gaza, mas não especificou as condições desse suposto pacto.

“Acho que estamos perto de concretizar algum tipo de acordo”, afirmou Trump aos jornalistas, na Sala Oval da Casa Branca, durante uma reunião com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
O líder norte-americano insistiu na exigência de que o movimento islamita palestiniano liberte imediatamente e ao mesmo tempo todos os reféns que mantém sequestrados na Faixa de Gaza — 48 no total, dos quais as autoridades israelitas acreditam que 20 estejam vivos.
“Muitas pessoas estão a morrer, mas queremos os reféns de volta. Não queremos de volta um esta semana, outro daqui a dois meses, mais três depois, como tem acontecido”, disse Trump.
“Queremos todos de volta de uma só vez”, afirmou.
Trump também se referiu ao “grande encontro” que teve com líderes de países árabes e islâmicos no âmbito da 80.ª Assembleia Geral da ONU, a decorrer esta semana em Nova Iorque, para discutir um plano pós-conflito para Gaza.
“Tivemos uma reunião muito positiva com os representantes dos países mais poderosos do Médio Oriente e acredito que estamos perto de chegar a um acordo”, afirmou.
Trump, que se reunirá na próxima segunda-feira com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, comprometeu-se perante os líderes islâmicos a não permitir que Israel anexe a Cisjordânia ocupada, informou o portal Politico.
Desde os ataques perpetrados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 – que fez cerca de 1.200 mortos e 251 reféns – e o início da ofensiva israelita em Gaza, ambos os lados propuseram vários acordos de cessar-fogo e libertação de reféns.
Uma comissão independente da ONU e um número crescente de países e organizações internacionais classificam a ofensiva militar israelita em Gaza como um genocídio.
Até à data, contabilizam-se mais de 65.000 palestinianos mortos, entre os quais mais de 19.000 crianças.
Lusa