A União Europeia (UE) anunciou esta quarta-feira que disponibilizou mais 50 milhões de euros em apoio de “emergência para a Palestina”, para responder à “situação humanitária catastrófica” provocada pela ofensiva israelita.

No total, o executivo comunitário europeu já disponibilizou este ano 220 milhões de euros para o enclave palestiniano da Faixa de Gaza e para a Cisjordânia, e que desde 2023 apoiou os territórios da Palestina em mais de 550 milhões de euros, segundo um comunicado.
O “apoio humanitário de emergência para a Palestina” tem como propósito apoiar a população palestiniana e tentar combater a “situação humanitária catastrófica”, após quase dois anos de ofensiva israelita e fortes restrições, impostas por Telavive, à entrada de alimentos, combustível e medicamentos.
“Acesso seguro e desimpedido de trabalhadores humanitários é vital em toda a extensão de Gaza, e os civis têm de ser protegidos onde quer que estejam”, acrescentou a Comissão Europeia na nota divulgada.
A Comissão Europeia sustentou que desde outubro de 2023, — já organizou 77 voos humanitários e enviou mais de 5.000 toneladas de mantimentos, ainda que a UE não tenha capacidade de verificar quanto está a entrar, uma vez que Telavive impediu a presença de equipas no território.
A guerra em curso em Gaza foi iniciada quando o movimento islamita palestiniano Hamas atacou solo israelita, a 07 de outubro de 2023, provocando 1.200 mortos, a maioria civis, e fazendo 251 reféns.
A retaliação de Israel já fez mais de 65 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
As Nações Unidas declararam no mês passado uma situação de fome em algumas zonas do enclave e, na semana passada, um comité independente da ONU acusou Israel de cometer genocídio na Faixa de Gaza.
Lusa