O Executivo angolano anunciou, esta segunda-feira, a atualização do salário mínimo nacional, que passará dos atuais 70 mil para 100 mil kwanzas, com efeito a partir do dia 16 de setembro de 2025. A decisão, segundo o Governo, visa mitigar o impacto da inflação sobre o rendimento das famílias e reforçar o poder de compra dos trabalhadores.
Apesar da revisão, o salário mínimo aplicável às trabalhadoras domésticas, bem como às microempresas e startups, permanecerá nos 50 mil kwanzas mensais. Esta diferenciação justifica-se, de acordo com as autoridades, pela necessidade de garantir a sustentabilidade destas atividades económicas que enfrentam maiores fragilidades financeiras.
A medida resulta de um processo de concertação social levado a cabo pela Comissão Económica do Conselho de Ministros, após vários encontros com as centrais sindicais e associações empresariais. O Executivo sublinhou que a atualização salarial se enquadra num esforço mais amplo para equilibrar as condições laborais e incentivar a produtividade nacional.
As centrais sindicais, que há meses vinham a reivindicar um aumento do salário mínimo para valores acima de 150 mil kwanzas, consideram o ajuste um avanço, embora ainda insuficiente face ao elevado custo de vida no país.
Com este aumento, Angola procura também responder a recomendações de organismos internacionais que defendem maior alinhamento entre os rendimentos mínimos e as necessidades básicas das famílias.