Um total de 275 pessoas foram realojadas temporariamente em escolas da ilha cabo-verdiana de São Vicente, na sequência da tempestade que provocou nove mortos, anunciou o Governo.

“Para garantir a segurança da população face à possibilidade de novas chuvas e enxurradas, foram transferidas cerca de 60 pessoas de duas localidades, elevando para 275 o número de realojados”, referiu o executivo, em comunicado.
As equipas de sensibilização e avaliação de riscos continuam no terreno para acompanhar famílias que perderam as suas casas e identificar residências situadas em zonas com risco iminente de colapso ou deslizamento.
As cheias, ocorridas há uma semana, deixaram bairros inundados, destruíram estradas e pontes, afetaram o abastecimento de energia e uma pessoa continua desaparecida.
O Governo cabo-verdiano declarou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos dois concelhos de São Nicolau.
Além disso, já foi anunciado um plano estratégico de resposta que contempla apoios de emergência às famílias, mas também às atividades económicas, com linhas de crédito com juros bonificados e verbas a fundo perdido, justificando a decisão com o “quadro dramático, excecional”.
O Governo utilizará os recursos do Fundo Nacional de Emergência e do Fundo Soberano de Emergência, criado em 2019 precisamente para responder a situações de catástrofes naturais ou impacto de choques económicos externos.
Um navio da Marinha portuguesa atracou na sexta-feira em São Vicente, com 56 militares, equipamentos de remoção de escombros, uma dessalinizadora para o hospital e ‘drones’ para recolha de imagens aéreas em zonas de difícil acesso, além de mergulhadores e equipas preparadas para apoiar a população.
Lusa