A Polícia Nacional deteve, nas últimas 48 horas, 1.214 pessoas em Luanda por alegado envolvimento nos atos de vandalismo e saques registados durante a greve dos taxistas, iniciada na segunda-feira. O balanço foi apresentado pelo porta-voz da corporação, subcomissário Mateus Rodrigues, durante uma conferência de imprensa realizada na noite de terça-feira.

Segundo o responsável, o número de detenções poderá aumentar à medida que avançam as investigações destinadas a responsabilizar os autores dos danos causados a bens públicos e privados. “As nossas ações de investigação continuam e a mensagem que queremos deixar para a sociedade é de tranquilidade e paz”, afirmou.
A greve dos taxistas, convocada para os dias 28, 29 e 30 de julho, degenerou em tumultos, pilhagens e destruição de património, levando as autoridades a reforçarem o dispositivo policial. “Queremos reforçar a nossa reprovação social aos atos que foram registados em Luanda, nas últimas 48 horas, porquanto não há e não se pode entender nenhuma forma dos atos perpetrados serem chamados ou tratados por manifestações”, sublinhou Mateus Rodrigues.
O porta-voz classificou os incidentes como atos criminosos e apelou à sociedade para repudiar este tipo de comportamento. Garantiu ainda que a situação de segurança se encontra estável, apesar de algumas ocorrências pontuais, e destacou a atuação das forças da ordem. “Hoje, nós tivemos as nossas forças muito mais atentas e muito mais próximas das ocorrências que foram reprimidas de forma contundente”, referiu.