A Polícia Nacional confirmou esta terça-feira a morte de quatro pessoas e a detenção de 1.214 cidadãos suspeitos de envolvimento nos atos de vandalismo e pilhagem registados nos últimos dois dias em Luanda, no âmbito da greve dos taxistas contra o aumento do preço do gasóleo.
Em conferência de imprensa, o porta-voz da corporação, subcomissário Mateus Rodrigues, lamentou a morte de um oficial da polícia, ferido durante operações de manutenção da ordem, que não resistiu aos ferimentos. “Endereçamos à família enlutada sentimentos de pesar pela perda do nosso colega em serviço e assumimos o compromisso de continuar a garantir a manutenção e reposição da ordem em Angola”, afirmou.
Segundo o responsável, os incidentes foram protagonizados por indivíduos que “utilizam como modus operandi a colocação de barricadas, a queima de pneus e a vandalização de estabelecimentos comerciais”.
A Polícia reiterou que as ações em curso não podem ser consideradas manifestações, classificando-as como “atos criminosos que devem merecer o repúdio de toda a sociedade e a devida responsabilização por parte das autoridades competentes”.
Apesar dos incidentes, Mateus Rodrigues garantiu que “a situação de segurança é estável” e que as forças de ordem permanecerão no terreno, com operações reforçadas durante a noite, para prevenir novos ataques.
Os tumultos, que afetaram também algumas localidades das províncias do Uíge e do Bengo, resultaram ainda na destruição de viaturas, no saque de dezenas de estabelecimentos comerciais e no ferimento de várias pessoas.
