Líderes religiosos e representantes da sociedade civil apelaram, esta terça-feira, ao reforço do diálogo cívico, responsável e construtivo, como resposta aos recentes episódios de violência registados em Luanda, na sequência da paralisação dos taxistas contra a subida do preço do gasóleo.
Numa mensagem dirigida ao povo angolano, as igrejas exortaram à serenidade e ao autocontrolo emocional, lembrando que Angola já superou no passado desafios mais graves. “A atual tempestade que vivemos pode ser controlada e ultrapassada. Vamos engajar a ferramenta poderosa do diálogo cívico responsável”, apelaram.
Os líderes religiosos destacaram ainda que o Governo deve manter-se próximo das preocupações dos cidadãos, recordando as palavras do Presidente da República, João Lourenço, ao reconhecer que “o povo é o seu patrão”.
A mensagem incentivou o Executivo a dialogar com todas as forças influentes da sociedade, de modo a restaurar a estabilidade social e política. “Encorajamos o diálogo útil com todas as vozes influentes da sociedade para contornar esta situação que perigosamente ameaça a estabilidade do país”, referiram.
Além disso, as igrejas comprometeram-se a continuar a orar pelas autoridades e a manter o seu papel profético de defesa dos mais vulneráveis, citando as escrituras bíblicas como base da sua missão de paz e justiça social.
“O desafio que enfrentamos é grande, mas é possível. Angola só será digna de nós se nós, os angolanos, formos dignos de Angola”, concluíram.
