A Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA) demarcou-se esta segunda-feira dos atos de vandalismo registados em Luanda durante a paralisação dos taxistas contra a subida do preço do combustível, anunciando a suspensão da greve inicialmente prevista para durar três dias.
Num comunicado, a ANATA repudiou os episódios de pilhagem, destruição de bens públicos e privados, barricadas e agressões a pessoas inocentes, considerando que os mesmos foram provocados por “oportunistas não associados à organização”.
Segundo a associação, a paralisação, planeada há mais de 20 dias pelas associações e cooperativas do setor, tinha como lema “fica em casa” e deveria decorrer de forma “pacífica, ordeira, serena e silenciosa”. Após um encontro com o governador de Luanda, as entidades decidiram cancelar a greve, apelando ao regresso imediato à normalidade.
Os protestos desta segunda-feira provocaram episódios de violência, saques e destruição de viaturas públicas e privadas, levando à intervenção das forças policiais, que detiveram mais de 100 pessoas. Apesar de circularem nas redes sociais imagens alegando a existência de feridos e mortos, a polícia não confirmou oficialmente qualquer vítima mortal.
“Para evitar que indivíduos estranhos à classe e aproveitadores, com fins inconfessos, continuem a perturbar a paz social, reiteramos que a paralisação foi cancelada”, sublinha a ANATA, apelando aos taxistas a retomarem a sua atividade com “serenidade, urbanidade e disciplina”.
A associação reafirmou ainda a sua disponibilidade para dialogar com as autoridades, no sentido de melhorar as condições de exercício da atividade de táxi em Angola.
Lusa
