A presidente do Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos (EximBank), Tamara Maxwell, anunciou esta terça-feira, em Luanda, que a instituição norte-americana tem disponíveis 100 mil milhões de dólares para financiar empresários interessados em investir em diversos sectores estratégicos em África.
A declaração foi feita durante uma conferência de imprensa que marcou o segundo dia da 17.ª Cimeira de Negócios EUA–África, que decorre na capital angolana com a presença de líderes políticos, empresários e representantes de instituições financeiras multilaterais.
Segundo Tamara Maxwell, o EximBank dispõe de um orçamento total de 135 mil milhões de dólares, dos quais apenas 35 mil milhões foram concedidos até ao momento, o que representa uma margem significativa de financiamento ainda por alocar. “Apelamos aos africanos que apresentem propostas ou projetos de negócio ao EximBank, para poderem beneficiar do crédito disponível”, incentivou.
O banco pretende apoiar investimentos em sectores como infraestruturas, energia, agricultura, saúde, educação, tecnologias de informação e cadeias de valor industriais, considerados vitais para o desenvolvimento sustentável do continente africano. Além do financiamento direto, o EximBank oferece ainda garantias de crédito, seguros contra riscos políticos e cobertura cambial, instrumentos que visam reduzir o custo do capital e aumentar a confiança dos investidores.
Este pacote financeiro insere-se na estratégia dos Estados Unidos para reforçar parcerias com África através de investimentos orientados para resultados, no âmbito da Parceria para Infraestruturas e Investimento Global (PGII). O EximBank atua de forma coordenada com outras instituições, como a DFC (Development Finance Corporation) e a USAID, para apoiar projetos transformadores que promovam crescimento económico, inclusão social e estabilidade.
Nos últimos anos, o EximBank já financiou projetos avaliados em cerca de 4 mil milhões de dólares em África Subsariana, incluindo iniciativas nos sectores da energia renovável, construção de pontes modulares, equipamentos médicos e sistemas de telecomunicações.
A presidente da instituição reforçou a importância de os empresários africanos aproveitarem esta oportunidade, lembrando que o financiamento está disponível, mas depende da qualidade e viabilidade das propostas apresentadas. “Queremos ver mais projetos africanos bem estruturados, com impacto social e retorno económico sustentado”, sublinhou.
A Cimeira EUA–África, que termina esta quinta-feira, tem servido como plataforma de diálogo entre os sectores público e privado, com foco na promoção de investimentos, criação de empregos e diversificação das economias africanas.
