A Cimeira de Alto Nível da Aliança Global de Vacinas (Gavi), que decorre esta quarta-feira, 25 de Junho, em Bruxelas, Bélgica, tem como principal objectivo angariar pelo menos 9 mil milhões de dólares destinados a financiar o próximo ciclo estratégico da organização, que abrangerá o período de 2026 a 2030.
O evento marca o início oficial da campanha de reaprovisionamento da Gavi e reúne líderes políticos, doadores internacionais e representantes de agências multilaterais e da sociedade civil, com vista a reforçar os programas de imunização nos países mais vulneráveis do mundo. A expectativa é proteger cerca de 500 milhões de crianças e evitar entre 8 a 9 milhões de mortes preveníveis, através da disponibilização de vacinas essenciais e da introdução de novas soluções para enfrentar doenças emergentes e pandémicas.
O Presidente da República de Angola e Presidente em exercício da União Africana, João Lourenço, participa na cimeira, sublinhando a importância estratégica do continente africano no esforço global de vacinação. Angola integra o grupo de países beneficiários dos apoios da Gavi, o que permitirá ao país continuar a reforçar o seu Programa Alargado de Vacinação, fundamental para melhorar a cobertura vacinal e reduzir a mortalidade infantil.
Entre as personalidades presentes em Bruxelas destacam-se Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, António Costa, presidente do Conselho Europeu, Bill Gates, co-fundador da Fundação Bill & Melinda Gates, e Durão Barroso, presidente do Conselho da Gavi.
Além da mobilização de recursos financeiros, a cimeira servirá para apresentar as novas prioridades da Gavi para o próximo ciclo, que incluem o fortalecimento dos sistemas de saúde nacionais, o estímulo à produção de vacinas em África — através da iniciativa Africa Vaccine Manufacturing Accelerator (AVMA) — e a preparação dos países para responder a futuros surtos epidémicos e desafios resultantes das alterações climáticas.
A realização desta cimeira em Bruxelas simboliza o empenho da comunidade internacional em garantir um acesso mais justo e equitativo às vacinas, especialmente nos países de baixo rendimento, como Angola, que continuam a enfrentar desafios estruturais no sector da saúde.
