O Ministério das Finanças, em colaboração com o Governo da Província de Icolo e Bengo, concluiu o diagnóstico das necessidades financeiras e orçamentais da região, no quadro do processo de autonomização administrativa e orçamental desta nova circunscrição territorial, criada na sequência da divisão da antiga província de Luanda.
De acordo com informações disponibilizadas pelo Ministério das Finanças, o exercício revelou a existência de disponibilidade financeira para responder às principais carências da província. O grande desafio, neste momento, reside na definição das prioridades de investimento, de modo a assegurar uma resposta eficiente às expectativas das populações locais.
As infraestruturas ligadas à habitação surgem como a área que maior atenção deverá merecer por parte das autoridades. Em curso está a construção de três mil residências sociais nas comunas do Cabiri e Bom Jesus, destinadas a mitigar o défice habitacional existente. Paralelamente, decorre o reassentamento de famílias provenientes de zonas de risco, com a edificação de 1.500 novas habitações no perímetro de Ngolone.
O sector rodoviário constitui outra aposta estratégica. Está em fase de reabilitação o troço Catete–Maria Teresa, da Estrada Nacional 230, num percurso de 53 quilómetros, cuja execução física ronda já os 11 por cento. A ampliação e melhoria de estradas terciárias e vicinais também constam do plano de intervenções, com vista a facilitar a circulação de pessoas e bens no interior da província.
No domínio da energia e águas, as autoridades garantiram investimentos em projectos de electrificação, incluindo a instalação de sistemas fotovoltaicos com capacidade de 104 megawatts-pico (MWp), bem como na expansão da rede de abastecimento de água potável em zonas como Cabo Ledo, Kissama e Zangos. Está igualmente prevista a ampliação do sistema de saneamento básico, visando melhorar as condições de higiene e saúde pública.
O Governo sublinha ainda a necessidade de reforçar a rede de unidades sanitárias, com a conclusão das obras dos hospitais municipais de Catete e das centralidades de Zango 8000 e Sequele. No sector educativo, o foco recairá sobre a construção e reabilitação de escolas, bem como na melhoria de infraestruturas de apoio social, como creches e centros comunitários.
A nível urbanístico, destaca-se a proposta do projecto Aero-Polis, uma cidade aeroportuária pensada para potenciar o papel logístico da província, atrair investimento estrangeiro e criar postos de trabalho, transformando Icolo e Bengo num novo polo de desenvolvimento económico da região.
As autoridades reafirmam o compromisso de materializar estes investimentos de forma faseada e sustentável, respondendo às prioridades identificadas pelas comunidades e assegurando uma gestão criteriosa dos recursos financeiros disponibilizados.
