Angola alcançou este sábado, 14 de Junho, um marco histórico na modernização do seu Sistema Nacional de Saúde ao realizar a primeira cirurgia de prostatectomia radical comandada remotamente a partir dos Estados Unidos da América, concretamente da cidade de Orlando, na Florida, a cerca de 17 mil quilómetros de distância.
O procedimento teve lugar no Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, em Luanda, e consistiu na remoção cirúrgica da próstata com o auxílio de um robô. Esta operação foi conduzida por uma equipa médica sediada em Orlando, enquanto no bloco operatório da unidade hospitalar angolana estiveram equipas de apoio formadas por médicos e enfermeiros nacionais especializados em anestesia, instrumentação e circulação.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, considerou o feito como “um marco histórico”, sublinhando que nunca antes se havia realizado no país uma cirurgia a uma distância tão significativa. A governante recordou que há três meses Angola realizou a sua primeira telecirurgia, a partir do próprio edifício anexo do Complexo Hospitalar, e que este novo avanço reforça a capacidade técnica nacional no uso de tecnologias de ponta no sector da saúde.
Sílvia Lutucuta realçou ainda que a concretização desta cirurgia robótica remota demonstra o impacto positivo da evolução tecnológica em Angola, particularmente no domínio da conectividade, área que foi amplamente discutida durante o ANGOTIC 2025 — Fórum Internacional das Tecnologias de Informação e Comunicação, encerrado no mesmo dia em Luanda.
Este avanço, frisou a ministra, é um sinal de que Angola está no caminho certo para a incorporação prática de soluções digitais no sector da saúde, o que permitirá melhorar a qualidade dos serviços médicos prestados à população.
