As cotações internacionais do petróleo registaram uma subida significativa nesta quarta-feira, 28 de Maio, motivadas por crescentes tensões geopolíticas no Médio Oriente e na Rússia, bem como pela estabilidade nas decisões de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
Em Londres, o barril de Brent com entrega em julho fechou em alta de 1,26%, a 64,90 dólares. Já em Nova Iorque, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para o mesmo período valorizou-se 1,56%, encerrando a sessão a 61,84 dólares.
Segundo o analista Robert Yawger, da Mizuho USA, os receios de um possível ataque de Israel a infraestruturas nucleares do Irão geraram instabilidade que impulsionou os preços. “As notícias que indicam que Netanyahu está interessado em bombardear alvos ligados ao programa nuclear iraniano criaram uma reacção imediata no mercado”, explicou.
Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou que as negociações com o Irão continuam a decorrer de forma positiva. A quinta ronda de conversações entre os dois países foi recentemente realizada em Roma, sem acordo, mas com o compromisso de continuar o diálogo.
A pressão sobre os preços também se intensificou com a expectativa de novas sanções americanas contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia, uma medida que poderá ser anunciada ainda esta semana. A Rússia é um membro influente da Opep+.
Apesar do cenário conturbado, os ministros da Opep+ decidiram manter o atual plano de produção, o que foi bem recebido pelo mercado, afastando, para já, os receios de um aumento inesperado da oferta.
