Domingo, 1 de Junho, 2025

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PRA-JÁ Servir Angola abandona a Frente Patriótica Unida e prepara-se para avançar sozinho nas próximas eleições

O presidente do partido PRA-JÁ Servir Angola, Abel Chivukuvuku, anunciou oficialmente a saída da sua formação política da Frente Patriótica Unida (FPU), durante o discurso de encerramento do primeiro congresso ordinário do partido, realizado em Luanda.

A decisão, segundo Chivukuvuku, resulta do mandato conferido pelos delegados presentes no congresso, que optaram por preparar o partido para concorrer de forma autónoma nas próximas eleições.

Com mais de 700 delegados reunidos à porta fechada, o congresso do PRA-JÁ Servir Angola debateu essencialmente questões internas, entre elas a reestruturação da máquina partidária e a definição das linhas de orientação estratégica para os próximos cinco anos. Entre as deliberações mais relevantes, destacou-se a decisão de não integrar qualquer coligação política, afastando-se formalmente da FPU, plataforma criada com o objectivo de unir a oposição angolana.

Durante a sua intervenção, Abel Chivukuvuku afirmou que o partido está preparado para caminhar sozinho, sublinhando os sacrifícios enfrentados durante a participação na FPU:

“Já sofremos muito com essa questão da FPU”, declarou. “Temos que nos preparar para avançar sozinhos, mas estamos abertos à eventualidade de conversas com outras forças políticas — desde que essas conversas tenham regras claras”.

Chivukuvuku deixou ainda um recado aos restantes partidos da oposição:

“Não tenham medo do PRA-JÁ, não tenham inveja do PRA-JÁ. Nós somos os candengues da política, do ponto de vista legal e institucional. Eles estão lá há mais tempo, mas fizeram o quê?”.

A saída do PRA-JÁ da FPU marca uma reconfiguração importante no campo político da oposição angolana. Embora Chivukuvuku tenha deixado a porta aberta para futuras concertações, deixou claro que a prioridade, neste momento, é “arrumar a casa” e fortalecer o partido internamente para enfrentar sozinho os próximos desafios eleitorais.

O congresso, que inicialmente estava previsto para durar quatro dias, foi encerrado ao fim de três, com a promessa de novas actualizações por parte da direcção do partido nos próximos dias.

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