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Cotação do Brent sobe 1,64% com alívio nas tensões comerciais entre EUA e China

Londres, 12 de Maio de 2025 (Lusa) – O preço do barril de crude Brent, referência na Europa, encerrou esta segunda-feira com uma valorização de 1,64% no mercado de futuros de Londres, fixando-se nos 64,96 dólares para entrega em julho. A subida de 1,05 dólares face à cotação de sexta-feira (63,91 dólares) foi impulsionada pelo anúncio de um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China.

Segundo fontes oficiais, os dois países concordaram em reduzir as tarifas alfandegárias mútuas durante um período experimental de 90 dias. O compromisso prevê que os Estados Unidos passem a aplicar uma taxa de 30% sobre importações chinesas, enquanto a China reduzirá para 10% as suas tarifas sobre produtos americanos. As negociações bilaterais continuarão ao longo deste período.

A notícia foi bem recebida pelos mercados, que estavam pressionados pelas incertezas em torno da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Em abril, o Brent registou uma queda acumulada de cerca de 15% — a mais acentuada desde novembro de 2021 — reflexo direto das tensões sino-americanas.

Perspetivas geopolíticas também influenciam o mercado

Além do alívio comercial, outras variáveis geopolíticas estão a contribuir para a volatilidade no mercado petrolífero. Entre elas, destaca-se a possibilidade de uma reunião entre os presidentes da Ucrânia, Volodimir Zelensky, e da Rússia, Vladimir Putin, na Turquia, com a eventual presença do presidente norte-americano Donald Trump. Um encontro deste tipo poderá abrir caminho a um entendimento e à consequente redução das sanções impostas à Rússia, o que permitiria aumentar a oferta global de petróleo.

Outro ponto em destaque é a reativação das negociações entre os Estados Unidos e o Irão sobre o programa nuclear iraniano. Caso se chegue a um acordo, o levantamento das sanções poderá desbloquear novamente a capacidade de produção e exportação do petróleo iraniano, afetando a dinâmica de preços nos mercados globais.

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