A cidade do Lubango, capital da província da Huíla, acolhe desde hoje a 12.ª Conferência sobre Ensino e Aprendizagem, realizada em simultâneo com a 14.ª Mesa-Redonda da Federação Africana de Autoridades Reguladoras do Ensino (AFTRA). O encontro reúne, de 5 – 10 de maio, representantes de vários países africanos para debater estratégias de desenvolvimento e os principais desafios do sector educativo no continente.
Sob o lema “Educação de qualidade para o desenvolvimento sustentável em África”, o evento conta com a participação de académicos, dirigentes ministeriais, sindicatos e organizações não-governamentais, que têm como objectivo harmonizar políticas e promover boas práticas no sector do ensino a nível continental.
Ao longo da conferência, que se estende até ao final da semana, serão discutidos temas como o financiamento da educação, a valorização e formação contínua dos professores, o combate ao abandono escolar, a digitalização do ensino e o reforço da cooperação regional em matéria educativa.
Enquanto país anfitrião, Angola pretende apresentar os progressos registados nos últimos anos, como a expansão da rede escolar e o aumento do acesso ao ensino. No entanto, também reconhece os desafios persistentes, entre os quais se destacam a elevada taxa de analfabetismo em algumas regiões, a escassez de docentes qualificados e a necessidade de maior inclusão de tecnologias digitais nos processos de aprendizagem.
A conferência encerrará com a aprovação de uma declaração conjunta e um conjunto de recomendações destinadas a influenciar as políticas públicas dos Estados membros da União Africana.
Angola integra a AFTRA há dez anos. A organização, composta por 25 países africanos, é o órgão máximo de regulamentação e profissionalização do ensino no continente. No seu âmbito de actuação, a AFTRA e as suas agências nacionais registam e licenciam professores, definem padrões para a formação inicial e contínua, desenvolvem códigos de ética e promovem o estatuto profissional dos educadores, alinhando-se com os compromissos do ODS 4, da CESA 2016-2025 e da Agenda 2063 da União Africana.
