Sábado, 19 de Julho, 2025

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Angola forma quase mil agentes comunitários para reforçar combate à cólera

Angola deu início, esta segunda-feira, ao Projecto Emergencial de Capacitação em Gestão Comunitária, com o objetivo de formar 978 agentes comunitários em todo o país, numa resposta coordenada ao surto de cólera que afeta várias províncias.

A cerimónia de lançamento, realizada em Luanda, contou com a presença de representantes do Ministério da Saúde, de parceiros internacionais e autoridades locais. O foco do projecto é reforçar a vigilância epidemiológica, promover práticas de higiene e saneamento, bem como garantir uma resposta mais eficaz e próxima das comunidades aos casos de cólera.

De acordo com o Secretário de Estado para a Saúde Pública, Leonardo Inocêncio, a formação abrangerá técnicos, líderes comunitários e funcionários de empresas públicas de águas, com o objectivo de consolidar a promoção comunitária da água potável como pilar essencial na prevenção da doença.

“Pretende-se ainda sensibilizar as populações para procurarem com urgência os serviços de saúde em casos de diarreia, vómitos e desidratação. A construção de latrinas com recursos locais também será incentivada, para travar a defecação ao ar livre e melhorar o saneamento liderado pelas próprias comunidades”, explicou Leonardo Inocêncio.

O governante reiterou o compromisso do Ministério da Saúde em liderar a resposta multissectorial à cólera, integrando ações de promoção da saúde, prevenção, vigilância epidemiológica e laboratorial, bem como o tratamento dos casos.

Já o Secretário de Estado das Águas, António Belsa Costa, destacou os avanços em matéria de abastecimento, revelando que “800 tanques hospitalares, comunitários e institucionais estão a ser monitorados e georreferenciados, bem como 5400 fontes alternativas de armazenamento de água estão a ser tratadas”. Além disso, mais de cinco mil cisternas de água foram distribuídas à população.

Desde o início do surto, em janeiro último, foi reportado um total cumulativo de 18 mil e 174 casos, sendo 6.009 em Luanda, 3.966 em Benguela, 2.966 no Bengo, 1.928 no Cuanza Norte, 1.107 no Icolo e Bengo, 915 em Malanje, 539 no Cuanza Sul, 269 no Namibe, 161 em Cabinda, 122, na Huíla, 95 no Zaire, 40 no Huambo, 27 no Cubango, 16 no Uíge, dois no Bié, ao passo que Cunene e a Lunda-Sul um cada.

Ocorreram desde o início do surto 578 óbitos, dos quais 202 em Luanda, 113 no Bengo, 100 em Benguela, 65 no Cuanza -Norte, 30 no Icolo e Bengo, 27 em Malanje, 25 no Cuanza-Sul, 8 no Zaire, 3 em Cabinda, 2 no Namibe, 2 na Huíla e 1 no Huambo.

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