O Tribunal da Comarca do Lubango condenou, nesta segunda-feira, três dos cinco jovens acusados de assassinar a tiro um empresário eritreu a penas que variam entre 20 e 30 anos de prisão.
O crime ocorreu em fevereiro de 2024, na Zona Industrial da capital huilana, quando a vítima, um cidadão estrangeiro de 37 anos, foi baleado em plena via pública após resistir a um assalto. O empresário dirigia-se a um banco para depositar 37 milhões de kwanzas quando foi abordado pelos assaltantes.
De acordo com a sentença, Barnabé Ilustra “Bad Ilustre”, autor do disparo fatal, foi condenado a 30 anos de prisão por homicídio, roubo qualificado e associação criminosa. João Chava “Pitra” recebeu uma pena de 28 anos, enquanto Wilson António foi condenado a 25 anos, pelos mesmos crimes.
Além das penas de prisão, os três réus foram condenados a pagar uma indemnização de três milhões de kwanzas à família da vítima e a devolver os 37 milhões de kwanzas à empresa SOTAM Comercial, montante que desapareceu após o assalto.
Por insuficiência de provas, o tribunal absolveu Justino Chacamba e Julsónia Vieira Cardoso “Sónia”, anteriormente tidos como envolvidos no crime.
A Zona Industrial do Lubango, onde ocorreu o homicídio, é uma área dominada por estabelecimentos comerciais grossistas, muitos deles pertencentes a empresários libaneses, mauritanianos e eritreus.