O ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola, José de Lima Massano, reiterou nesta quinta-feira, durante o Fórum Económico Mundial em Davos, o compromisso do governo angolano em proceder à eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis. Segundo Massano, que representa o Presidente da República no evento, a remoção total dos subsídios não será concluída em 2025, de forma a mitigar os impactos sociais que a medida pode gerar.

Em entrevista à Bloomberg, o ministro destacou que a medida faz parte de um pacote mais amplo de reformas económicas voltadas para a sustentabilidade fiscal e o crescimento de longo prazo. “Estamos determinados em avançar com estas reformas, mas de forma que permita um equilíbrio entre as nossas metas financeiras e a proteção dos mais vulneráveis”, afirmou Massano.
Além da questão dos subsídios, o ministro anunciou que Angola planeia angariar até 2 mil milhões de dólares com a emissão de eurobonds ainda este ano. Estes fundos serão utilizados para prolongar os prazos de vencimento da dívida externa e reduzir os custos associados, o que representa uma estratégia para consolidar a posição financeira do país e atrair novos investidores.
A medida ocorre num contexto de reformas económicas amplas em Angola, com o objetivo de diversificar a economia, reduzir a dependência do petróleo e estabilizar as finanças públicas. Desde o início do programa de ajustamento económico apoiado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o país tem implementado uma série de políticas para modernizar a economia e atrair investimentos estrangeiros.
O Fórum Económico Mundial, realizado em Davos, Suíça, reúne líderes políticos, empresariais e académicos de todo o mundo para discutir os principais desafios globais. A participação de José de Lima Massano sublinha o empenho de Angola em promover o diálogo internacional e apresentar as suas oportunidades económicas ao mundo.