O Presidente da República de Angola, João Lourenço, proferiu um discurso marcante no jantar de Estado oferecido em sua honra no Palácio do Élysée, em Paris, durante a sua visita oficial à França. Na presença de Emmanuel Macron, Presidente da República Francesa, do Primeiro-Ministro francês e das Primeiras-Damas dos dois países, João Lourenço destacou os avanços na cooperação bilateral e os desafios globais.
Cooperação bilateral e oportunidades de investimento
O Chefe de Estado angolano enalteceu a relação entre Angola e França, sublinhando a importância dos acordos assinados nas áreas da agricultura, saúde, desportos, segurança interna, ambiente e ensino superior. Reafirmou ainda a necessidade de avançar nas negociações de outros instrumentos jurídicos para consolidar a parceria entre os dois países.
João Lourenço apelou aos empresários franceses para investirem em Angola, destacando o ambiente favorável ao investimento privado e o vasto potencial económico do país, nomeadamente nos sectores da agricultura, energia, recursos minerais e indústria. Para fortalecer essa relação, propôs a criação de uma Câmara de Comércio e Indústria Angola–França.
Questões globais e desafios africanos
O Presidente abordou também os conflitos internacionais e africanos, realçando a urgência de soluções negociadas para a guerra no Sudão, a situação no leste da República Democrática do Congo (RDC) e o conflito na Ucrânia. João Lourenço frisou que Angola continuará a desempenhar um papel activo na busca pela paz no continente africano e, em breve, na liderança da União Africana.
Compromisso com a paz no Médio Oriente
O Presidente destacou o recente acordo de paz entre Israel e Hamas como um marco positivo, expressando esperanças na solução definitiva para o conflito israelo-palestiniano e no início da reconstrução de Gaza.
Mensagem de amizade e cooperação
No encerramento do discurso, João Lourenço agradeceu o caloroso acolhimento do povo francês e propôs um brinde à amizade, solidariedade e prosperidade entre os dois países. O jantar simbolizou não apenas o fortalecimento dos laços bilaterais, mas também o compromisso com um futuro de paz e cooperação global.
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